Alegoria de Kosicka Bozena Piech

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Mont Serrat


 
 
"Para aqueles que crêem, nenhuma explicação é necessária; e para aqueles que não crêem, nenhuma explicação é possível."
 
 
Santo Inácio de Loyola 

domingo, 8 de janeiro de 2012

"A fragilidade do cristal não é fraqueza, mas pureza."
Dica de filme: In to the Wild. (Sean Penn)

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011





"Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar."
Nietzsche

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

"O passado não existe, ele nem mesmo é passado."

Isso porque a todo momento o passado está muito presente em nossas vidas, influenciando a forma como reagimos às coisas, orientando as decisões que tomamos, ou até mesmo nos atormentando - traumas, coisas ainda não resolvidas.
A psicanálise que o diga! Quanta investigação sobre como foi nossa vida na infância, etc...
Mas o pior (ou melhor!) é que as nossas lembranças são exercícios de experimentar momentos que na verdade nunca foram vividos! Quantas vezes pensamos ao relembrar alguma fase de nossas vidas: "eu era feliz e não sabia..." Não! Se não sabíamos é porque não vivíamos a felicidade naqueles dias. Mas ao lembrar revivemos aqueles momentos achando que sentíamos felicidade.
Acho que isso acontece, primeiro, porque a memória está muito associada à imaginação. E depois, porque estamos sempre buscando situações confortáveis, e assim sentimos as coisas como gostaríamos de sentir. Sabe aquela história que explica o porquê de gostarmos tanto daqueles seriados médicos (mesmo quem não trabalha na área da saúde gosta!) dizendo que temos algum prazer ao ver que não possuímos as doenças que os personágens apresentam (inconscientemente, claro, mas vejam como somos essencialmente egoístas)? Então, acho é mais ou memos assim...
Mas acredito que o fato de modificarmos as nossas lembranças de acordo com oque vivemos no presente não é ruim, Manuel bandeira dizia que "as águas do passado só tem sentido se forem agitadas no presente".
Só pra gente pensar um pouco sobre como é limitado nosso entendimento de presente, passado e futuro...

domingo, 31 de outubro de 2010

Gota d'água

Hoje, dia de votação para presidente no Brasil, fiquei pensando: "será que meu voto fará diferença? É só um voto dentre quase 190 milhões!"
Imediatamente meu subconciente digitou esse questionamento em seu "google" e me apresentou diversas outras circunstâncias em que somos parte de um todo: família, trabalho, grupo social, pessoas que decidem ter atitudes ecológicas, vegetarianos, pessoas que meditam pela paz de toda humanidade, etc... Será que dentro dos vários conjuntos dos quais fazemos parte nossas atitudes individuais são isoladas?
Penso que não. Minhas experiências me fazem acrreditar que o Universo é uma grande teia que interliga todos os seres e todas as coisas. Cada atitude influencia quem está perto e quem está longe, na maioria das vezes, sem que nos tornemos conscientes desse fato.
Hoje ouvi um filósofo falando na tv que quando uma pessoa procura ser justa e agir corretamente se sente mais feliz e influencia positivamente as pessoas ao seu redor. Por outro lado, uma pessoa triste prejudica a vida de quem convive com ela.
Quem nunca viu esses programas de comportamento de cães nos quais um especialista vai até a casa de uma família com um cãozinho problemático - medroso, agressivo, ansioso, e por aí vai - para resolver o problema e mostra que a culpa sempre é dos donos? O "estado de espírito" dos donos transmitem segurança ou estresse influenciandoo desenvolvimento de um comportamento que vai permanecer por toda a vida do animal a não ser que seja corrigido.
Comecei a pensar na minha vida cotidiana e encontrei diversos outros exemplos.
Convencida da existência dessa grande cadeia energética decidi fazer a minha parte: primeiro votei, depois, fiz uma pequena lista de coisas que devem melhorar minha qualidade de vida e com isso melhorar a vida de outras pessoas.
O ser humano é uma parte do todo a que chamamos Universo, uma parte limitada pelo tempo e pelo espaço. experimenta-se a si mesmo, os seus pensamentos e os seus sentimentos como factos separados do resto, o que é uma espécie de ilusão de óptica da sua consciência. Tal ilusão é para nós uma forma de prisão, porque nos reduz aos nossos desejos pessoais e nos constrange a reservar o nosso afecto para algumas pessoas, as mais próximas. O nosso esforço deveria consistir em libertarmo-nos desta amarra, alargando o nosso círculo de compaixão, de modo a abranger todas as criaturas vivas e a natureza em toda a sua beleza.” ALBERT EINSTEIN.

sábado, 3 de julho de 2010

Muitos são os Severinos

— O meu nome é Severino,

como não tenho outro de pia.

Como há muitos Severinos,

que é santo de romaria,

deram então de me chamar

Severino de Maria

como há muitos Severinos

com mães chamadas Maria,

fiquei sendo o da Maria

do finado Zacarias.





Mais isso ainda diz pouco:

há muitos na freguesia,

por causa de um coronel

que se chamou Zacarias

e que foi o mais antigo

senhor desta sesmaria.



Como então dizer quem falo

ora a Vossas Senhorias?

Vejamos: é o Severino

da Maria do Zacarias,

lá da serra da Costela,

limites da Paraíba.



Mas isso ainda diz pouco:

se ao menos mais cinco havia

com nome de Severino

filhos de tantas Marias

mulheres de outros tantos,

já finados, Zacarias,

vivendo na mesma serra

magra e ossuda em que eu vivia.



Somos muitos Severinos

iguais em tudo na vida:

na mesma cabeça grande

que a custo é que se equilibra,

no mesmo ventre crescido

sobre as mesmas pernas finas

e iguais também porque o sangue,

que usamos tem pouca tinta.



E se somos Severinos

iguais em tudo na vida,

morremos de morte igual,

mesma morte severina:

que é a morte de que se morre

de velhice antes dos trinta,

de emboscada antes dos vinte

de fome um pouco por dia

(de fraqueza e de doença

é que a morte severina

ataca em qualquer idade,

e até gente não nascida).



Somos muitos Severinos

iguais em tudo e na sina:

a de abrandar estas pedras

suando-se muito em cima,

a de tentar despertar

terra sempre mais extinta,



a de querer arrancar

alguns roçado da cinza.

Mas, para que me conheçam

melhor Vossas Senhorias

e melhor possam seguir

a história de minha vida,

passo a ser o Severino

que em vossa presença emigra.